Editorial: Em ritmo de Copa do Mundo

A cada quatro anos o nosso país para, esquecemos todos os percalços do dia a dia para viver a emoção de ver a seleção brasileira de futebol nos jogos da Copa do Mundo, que em 2018 será realizada na Rússia. Não importa o momento político-econômico que estamos enfrentando, e coincidentemente, nunca é de tranquilidade, mas é sempre tempo de torcer.

Até parece que o título de campeão do mundo vai mudar as nossas vidas. E todo mundo sabe que não vai, mesmo assim, renova-se a esperança. E de alguma maneira, fica mais fácil de lidar com as situações do país e das nossas vidas. Desta vez, porém, o clima de torcida está um pouco diferente, afinal, vivemos no mês passado tempos difíceis que mexeram com o país, do mesmo jeito que a Copa mexe, mas com uma consequência muito preocupante.

A greve dos caminhoneiros parou o Brasil, e pudemos ver o quão importante é a nossa classe e mais ainda, quanto é imprescindível a união. A paralização durou 10 dias e acarretou uma crise no abastecimento em todo o país. Faltavam diversos produtos: alimentos perecíveis, gás de cozinha, combustível, insumos para as fábricas e até mesmo querosene nos aeroportos.

O prejuízo foi grande para todos os lados, inclusive para os caminhoneiros que deixaram de trabalhar, todo mundo sabe que caminhão parado é menos frete no bolso. Mas o que foi conseguido com o esforço valeu a pena, e atraiu os olhares atentos, principalmente, da população, que se engajou no movimento, pelo menos com apoio moral.

Mas ainda colheremos frutos amargos desse movimento, apesar de ter sido necessário. Haja vista que a previsão do mercado financeiro para a inflação em 2018 avançou de 3,65% para 3,82%. Já o resultado do PIB em 2018, segundo economistas, baixou a previsão de crescimento de 2,18% para 1,94%.

Ou seja, vamos ter que remar tudo novamente, o país que esboçava uma reação positiva em relação aos anos anteriores deu um passo para trás. Mas o ditado popular diz que muitas vezes é preciso dar um passinho para trás para dar dois para frente. Vamos acreditar nisso.

Gente, neste ano tem eleições, e é aí que entramos forte. É a nossa chance de mudar o país, fazendo diferente do que foi feito até agora. Ah, se vier o título da Copa para ajudar a aumentar a esperança, melhor né. Imagina que mundo perfeito: hexacampeonato e um congresso completamente renovado. Aí sim!

Bom, meus amigos, espero que aproveitem a leitura desta edição. Grande beijo, obrigada pela atenção e até a próxima!

Editorial - Mercado de Vucs: Esperanças renovadas
Carol Vilanova – editora da Revista Frete Urbano

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