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Mudança climática passa pelo escapamento dos carros

A Coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista

Caminhões, ônibus, furgões, automóveis, tratores, além de embarcações marítimas, locomotivas e máquinas industriais, entre outros, utilizam o óleo diesel, um combustível fóssil obtido por meio da destilação do petróleo. De coloração amarelada, o óleo diesel é um líquido viscoso, límpido, pouco volátil, com odor característico (cheiro forte e marcante) e nível de toxidade mediano.

A queima de óleo diesel libera na atmosfera grande quantidade de gases poluentes, responsáveis pelo efeito estufa. Entre estes gases, que também prejudicam a saúde humana, podemos citar monóxido de carbono, óxido de nitrogênio e enxofre. Este último apresenta propriedades cancerígenas.

Em homenagem ao engenheiro alemão Rudolf Diesel, que em 1895 desenvolveu um motor movido a óleo de amendoim, o óleo diesel – que depois passou a utilizar o petróleo como matéria-prima, pelo seu maior potencial energético – desencadeia vários problemas ambientais.

Atualmente cerca de 5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono são despejados no ar por ano. E, segundo os pesquisadores de meio ambiente, muitos ecossistemas poderão ser atingidos e espécies vegetais e animais poderão ser extintos.

Para frear o aquecimento global é necessário reduzir os níveis de emissão dos veículos. Uma tarefa nada fácil se observarmos que a frota mundial de automóveis está na casa dos bilhões e com perspectivas de dobrar nos próximos 30 anos. Reforçada pelo aumento da motorização individual, em decorrência da deficiência crônica dos sistemas de transporte de massa, só tem aumentado o tráfego nos grandes centros urbanos.

Não é à toa que a indústria automobilística mundial procura novas tecnologias que garantam uma menor emissão de poluentes dos veículos. São várias as fontes poluidoras, mas os automóveis representam uma parcela significativa.

No Brasil já foram implantadas medidas para controlar as emissões de poluentes com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado em 1986, que atua a partir de limites máximos de emissões para veículos comercializados no país. Segundo o programa, todos os veículos novos, nacionais e importados são submetidos à homologação quanto à emissão de poluentes.

O Proconve afirma que houve uma redução de 99% da emissão de monóxido de carbono lançado pelos carros, o que apesar do aumento da frota no Brasil, essas emissões são menores do que há 10 anos.

Um desafio global requer também uma solução global. Buscar soluções para a mudança climática envolve questões meteorológicas, econômicas, biológicas, culturais e diplomáticas. Somada a conscientização de toda a população sobre o assunto. É necessário e fundamental fazer algo para amenizar esse problema.

As emissões de gases de efeito estufa têm o mesmo impacto sobre a atmosfera independentemente de seu local de origem, Nova Iorque, Paris, Tóquio ou São Paulo. A ação de um único país para reduzir as emissões pouco contribuirá para diminuir o aquecimento global.

É fundamental que outros países também façam a sua parte. Para os pesquisadores, o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera terrestre, decorrente da queima de combustíveis fósseis, provoca um aumento na temperatura da Terra, acentuando o efeito estufa. O aumento de 1°C nas médias de temperatura já é suficiente para causar efeitos desastrosos.

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