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Prevenção de Doenças Cardiovasculares

As Doenças Cardiovasculares são as que afetam o sistema circulatório, ou seja, os vasos sanguíneos e o coração. Entre elas podemos citar: infarto agudo do miocárdio, aterosclerose, arritmias, acidente vascular cerebral, claudicação e aneurismas.

Elas atingem praticamente um terço da população brasileira e são a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. A medida mais eficaz para contornarmos esse problema é a prevenção, que deve começar ainda na infância.

Existem fatores de risco biológicos e constitucionais, como histórico familiar, idade superior a 50-60 anos, sexo masculino e raça negra. E os fatores comportamentais modificáveis, nos quais devemos intervir seriamente, que são o tabagismo, o sedentarismo, a má alimentação, a hipertensão, o diabetes, a dislipidemia, a obesidade e o estresse.

O cigarro deixa de ser um fator de risco, após 5 anos sem fumar. Devemos lembrar ainda que o cigarro também é fator de risco de diversos tipos de câncer e de morte súbita. E os fumantes passivos têm maior risco.

O exercício físico não só previne como também controla muitas doenças cardiovasculares, a longo prazo, como também melhora o perfil lipídico e pode atenuar o estresse emocional crônico. O ideal é que seja praticado de forma regular e sob uma análise individual. Porém, podemos dizer que, de maneira geral, é recomendado uma atividade aeróbia (como a caminhada), por no mínimo 30 minutos, 3 a 5 vezes por semana.

Na alimentação devemos enfatizar a importância de comer frutas, vegetais e grãos integrais, soja e azeite, dar preferência às carnes brancas, sempre evitando as gorduras, principalmente a saturada. E preste atenção no consumo adequado de sal, que estão em quantidade muito elevadas nos alimentos industrializados.

A pressão arterial deve ser rigorosamente controlado, os níveis recomendados hoje em dia são, 120×80 mmHg. Os pacientes diabéticos devem monitorizar e controlar rigorosamente os níveis de glicemia no sangue.

A dislipidemia, é a alteração dos níveis de colesterol no sangue, basicamente existem dois tipos, o HDL (colesterol bom, este deve ser alto) e o LDL (colesterol ruim). Com as medidas acima, ele já tende a se normalizar, porém, em alguns casos é necessário associar medicações para melhor controle.

A obesidade aumenta diariamente no nosso país e é um dos mais graves fatores de risco, sendo calculada pelo IMC, que deve ser menor que 25. Associado a isso devemos ter uma boa média de circunferência abdominal, pois o acumulo de gordura nessa região é ainda mais prejudicial. Este valor deve ser inferior a 80 cm nas mulheres e 94 cm nos homens.

Diante disso, devemos estar atentos ao nosso modo de vida, hábitos e costumes, com pequenas mudanças na nossa rotina em busca de uma vida mais saudável. Realizar exames médicos de rotina e buscar ajuda sempre que necessário. Lembrando que se você tiver algum familiar de primeiro grau com histórico de doença cardiovascular, deve-se iniciar o acompanhamento médico precoce e adquirir um comportamento preventivo.

A Coluna De olho na saúde é escrita por Thaís Rizzatti, médica anestesiologista

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