O transportador vive uma rotina dura, acorda cedo, ou melhor dizendo, madruga. É um desses caras que vê o sol raiar sentado em seu posto de trabalho, na frente da direção. A maioria deles está sempre a postos, seja qual for o trabalho. É claro que não podemos generalizar, mas para quase todos que perguntamos a resposta é a mesma: “É desse jeito que eu gosto, sou apaixonado pela minha profissão”.
Mas nem tudo é um mar de flores. As dificuldades surgem no momento em que ele entra no VUC, a manutenção do veículo precisa estar em dia, o tanque abastecido – e isso não tá nada fácil – a carga tem que ser muito bem acomodada e o roteiro estudado para fluir com boa logística, para que o custo da operação seja positivo e o lucro apareça.
E tem mais obstáculos para enfrentar: ruas esburacadas, perigo de assalto e de eventuais acidentes que coloquem sua vida em risco. Diversidades todas as profissões encontram, cada uma do seu jeito, mas estar o dia inteiro a mercê delas, é um ponto mais delicado na vida desse trabalhador.
O motorista de VUC roda basicamente em grandes centros urbanos, seu veículo na maioria das vezes é próprio e ele presta serviços para empresas fixas, de pequeno e médio portes. Vai de uma cidade a outra dentro de pequenas distâncias. Existem muitos que trabalham para empresas pequenas de diversos segmentos e que precisam de algum tipo de distribuição, tanto de entrega quanto de transporte de bens de consumo.
Em grandes centros não podem circular caminhões grandes, então, essa tarefa de muita responsabilidade tem dedicação total do transportador VUC. Eles rodam as nossas cidades guiando de veículos pequenos, como as picapes e os furgões, e também de vans e furgões maiores, e até mesmo de caminhões leves, contanto que não ultrapasse os 7,20m de comprimento.
É fácil encontrar motoristas de VUCs nas ruas. Eles estão fazendo entregas em supermercados e em docas de shopping centers logo cedo, estão fazendo mudanças, carretos e levando os bens das empresas de um lado para outro. Se você prestar atenção na quantidade desses veículos nas ruas é impressionante. São veículos para todos os gostos.
Outra vantagem dos VUCs é que a maioria deles podem ser pilotados com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) da categoria B, a mesma usada para dirigir carros de passeio. Isso porque até mesmo furgões e os chassis implementados com baús pequenos são descriminados no documento como caminhonetas.
Um segmento em ascensão
Veículo pesado não entra em grandes centros urbanos, e isso é lei. Sabemos da importância do abastecimento de todos os tipos mas existem restrições, que mudam de cidade para cidade, mas em suma dizem que os caminhões de grande porte não podem circular em determinados locais e horários, e isso se torna uma missão para o VUC, que proporciona deslocamentos mais rápidos e de melhor acesso.
É por isso que o mercado de VUCs e seus derivados, mesmo com a dificuldade na economia, continua a crescer. Desde veículos novos, seminovos, de peças de reposição e acessórios, pneus e lubrificantes. É um segmento determinado que tem seu público específico e as empresas já perceberam que é preciso dar a eles um tratamento personalizado.
Em Guarulhos, por exemplo, foram construídas lojas especializadas em itens para VUCs, assim como revendas de veículos usados que atendem somente esse público. Algumas montadoras mantêm em sua rede de concessionárias pontos exclusivos para quem compra o veículo e depois tem que mantê-lo em dia, e outras oferecem atendimento diferenciado.
Neste momento estamos comemorando mais um aniversário da nossa Revista, que desde seu nascimento teve o transportador VUC como protagonista. Muitas publicações respeitosas e segmentadas falam com o motorista, de carro de passeio, de veículos comerciais e de transporte rodoviário, mas a única que fala direto com o motorista dos veículos urbanos de carga é a Revista Frete Urbano, que homenageia e agradece a esse profissional por fazer rodar nossos bens de consumo pelos centros urbanos.
