Coluna Meu animal: Não compre, adote!

A coluna Meu animal é escrita por Ana Julia L. Cagnassi, Médica Veterinária formada pela Universidade Metodista de São Paul
A coluna Meu animal é escrita por Ana Julia L. Cagnassi, Médica Veterinária formada pela Universidade Metodista de São Paul

De acordo com a ABINPET, o Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves do mundo e é o quarto maior país em população total de animais de estimação. São 52,2 milhões de cães, 22,1 milhões de gatos, 18 milhões de peixes, 37,9 milhões de aves e mais 2,2 milhões de outros animais. O total é de 132,4 milhões de pets, o que demonstra a força potencial do nosso setor na economia brasileira.

Infelizmente, existem sempre dois lados em todas as histórias; nem todos esses milhões de animais tem a mesma sorte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, há cerca de 30 milhões de animais abandonados no Brasil. Destes, 20 milhões são cachorros, enquanto 10 milhões são gatos.

Nos últimos anos, a adoção de animais abandonados se tornou uma prática muito mais comum e aceita pelas famílias. Hoje, existem muitas pessoas que afirmam preferir adotar à comprar um animal de estimação.

A adoção é um ato muito nobre, envolve muito amor e carinho, mas também deve ser de extrema responsabilidade. A adoção responsável é muito importante, afinal, você está lidando com uma vida, que precisa de cuidados, atenção, educação, respeito e muita paciência!

Não importa se você vai adotar um cachorro, gato, coelho, hamster, passarinho ou qualquer outro pet, todos eles, independentemente da idade, passam por um tempo de adaptação e esse tempo deve ser respeitado.

Você tem vontade de adotar um animalzinho? Existem algumas dicas que você pode seguir para se decidir de uma vez por todas.

1 Aceitação dos moradores da casa

Antes de qualquer coisa, você precisa ter certeza de que a sua família concorda com a adoção. Jamais corra o risco da família não aceitar o bichano após você ter levado ele pra casa!

2 Definir responsabilidades

Todos os animais precisam de investimento, lembre-se que esse animal vai precisar de cuidados veterinários, higiênicos sanitários, alimentação adequada, brinquedos, entre outros. Isso impacta diretamente no bolso da família, quem irá arcar com os custos?

3 Escolher o local de adoção

Você pode adotar em ONGs de proteção de animais, com protetores de animais, centro de controle de zoonoses (CCZ) do município ou em feiras de adoção de animais.

4 Se orientar

Se você tem dúvidas de como cuidar do seu futuro pet, não deixe de procurar um profissional veterinário para entender quais serão as necessidades do seu animalzinho. Desde os cuidados veterinários até indicações de alimentos e utensílios.

5 Prepare a casa antes dele chegar

A casa deve estar preparada para receber o seu novo amigo. Se já há pets na família, faça uma introdução cuidadosa, com associações positivas e paciência. Pense nos locais onde ele irá se alimentar, fazer as necessidades e dormir.

6 Educação

Seja um animal adulto ou filhote, com raça ou sem raça, cão ou gato, educar o novo animal de estimação vai ajudar muito a permitir que a convivência seja sempre bacana. Reforçar os bons comportamentos com recompensas que o pet adore sempre será a melhor maneira de eles saberem o que esperamos deles.

Depois de tudo isso, curta muito o seu novo melhor amigo e tenha ótimos momentos com ele. Na maioria das vezes, os animais resgatados e adotados já passaram por muitos momentos difíceis e são muito carentes. Eles vão te dar amor em dobro.

Adotar, com certeza, é a melhor opção.

 

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