Conselho Mundial da Água ganha representante nacional

A coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista
A coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista

Mais uma vez o assunto dessa coluna é sobre a água. Um recurso finito. Estratégico. Um recurso que precisa ser democrático. Sem água não há vida. Sem água não há desenvolvimento.

E debater sobre ações de preservação dos recursos hídricos, estabelecendo estratégias para garantir a disponibilidade do produto, foi o motor para a criação, em 1996, do Conselho Mundial da Água, que é composto por 350 organismos no mundo inteiro, entre representações governamentais, entidades de pesquisa, de fomento e de ativismo socioambiental, além de empresas públicas e privadas que atuam no setor.

Podemos citar números que apontam que temos um caminho de muito trabalho para a democratização desse produto tão essencial à sobrevivência humana.

Segundo a ONU, cerca de 663 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a fontes adequadas de água. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) relata que mais de 800 crianças, com menos de 5 anos, morrem todos os dias de diarreia associada à falta de água e de higiene. E cerca de 27 milhões de pessoas não têm acesso à água potável – como Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul.

Representação Nacional

No Brasil, a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo-Sabesp passou a integrar o Conselho Mundial da Água. Essa nomeação aconteceu, em novembro/2018, durante o oitavo encontro da Assembleia Geral do Conselho Mundial da Água – 8th World Water Council General Assembly –, que ocorreu em Marselha, na França. Por um período de três anos, com mandato de 2019 a 2021, a Sabesp passa a ser um dos representantes do Conselho de Governadores, como são chamados os membros da entidade.

Além de um reconhecimento pela atuação na promoção da segurança hídrica e também pela postura inovadora adotada mais recentemente no setor, a presença da Sabesp no conselho será uma oportunidade do Brasil para divulgar realizações na área de saneamento básico, especialmente no combate à crise hídrica, gerar negócios no âmbito da internacionalização e também para acompanhar o que outros operadores no mundo estão fazendo.

A companhia foi a única das Américas a concorrer no colégio 3, que é o grupo das organizações comerciais. Como membro, uma das funções da Sabesp no Conselho Mundial da Água será trabalhar para organizar o 9º Fórum Mundial da Água acontecerá no Senegal, daqui a três anos.

A Sabesp terá muito a contribuir. O legado que herdou da crise hídrica no Estado de São Paulo se traduz em competência técnica e habilidade na gestão de obras de grande complexidade. Foram várias obras realizadas, a maioria marcada pela inovação e pioneirismo. Também aposta em inovação com iniciativa inédita para atrair projetos com soluções para o saneamento.

A ideia do Conselho Mundial de Água é fomentar habilidades que contribuirão para a resolução dos complexos desafios relacionados à água em todo o mundo.

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