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Esperança por mais verde na selva de concreto

Por Valquíria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista

Podemos afirmar que a qualidade de vida em nosso planeta está diretamente ligada à preservação florestal. As áreas verdes promovem o sequestro de CO2, reduzindo o efeito estufa, entre outros benefícios.

O Brasil, considerado um país com dimensões continentais, tem uma grande área responsável pelo estoque mundial de carbono – a floresta amazônica –, que é capaz de armazenar 140 toneladas de carbono por hectare.

Mas, sabemos que o desmatamento desenfreado coloca em risco os recursos naturais, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico do planeta.Dois pontos relevantes e fundamentais para essa questão. Primeiro, combater o desmatamento. E, segundo, investir no reflorestamento.

O poder público e a cidadão são os atores fundamentais para a proteção e recuperação de nossas áreas verdes.

O reflorestamento é capaz de recuperar áreas verdes com espécies nativas. Outro benefício é manter e recuperar as matas ciliares, vegetação localizada no entorno de nascentes e margens de rios, córregos, lagos e represas, o que evita o assoreamento e melhorar o desempenho das bacias hidrográficas.

São Paulo: Selva de Pedra

Para quem mora em uma cidade como São Paulo, caminhar pelas ruas e avenidas pode dar uma certa fobia. O que se vê é muito concreto, pedra, cimento, tudo muito cinza, que seguramente sentirá saudade do verde e do barulho dos pássaros.

Quando, finalmente, nos deparamos com ruas e avenidas arborizadas, não muito comum em nossa Selva de Pedra, podemos constatar como a sombra de uma árvore refresca e influencia até mesmo na temperatura do local. Uma rua arborizada também valoriza imóveis pela beleza e pelo encanto das árvores.

São Paulo hoje possui três viveiros que são responsáveis pela produção e fornecimento de mudas de plantas destinadas principalmente para as áreas públicas municipais como praças, parques, escolas, canteiros centrais, entre outras. São eles:

Viveiro Manequinho Lopes (Parque do Ibirapuera), Viveiro Arthur Etzel (Parque do Carmos) e Viveiro Harry Blossfeld (Parque Cemucam).

Uma notícia triste é que há mais de um ano (desde fevereiro de 2015), esses três viveiros- responsáveis por fornecer 1,5 milhões de plantas e arbustos e 90 mil árvores por ano – estão parados, ou seja, não produzem uma única muda.

O motivo alegado pela Prefeitura de São Paulo é o encerramento de contrato com a empresa responsável pela administração desses viveiros.A previsão é que o contrato fique pronto, segundo a Prefeitura, em julho deste ano.

Enquanto esperamos passivamente as autoridades regularizarem a contratação e a volta do funcionamento dos viveiros, a cidade de São Paulo fica menos verde e mais poluída, diminuindo e muito a nossa qualidade de vida, pois o pouco que tínhamos não estamos conseguindo preservar. É uma notícia triste pra quem vive nessa metrópole, nessa selva sem verde.

 

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