Fórmula 1: Temporada começa com expectiativa de competitividade e emoção

Começa a temporada 2019 da Fórmula 1 e com ela a expectativa de novas emoções com as mudanças técnicas implantadas e misturada com a sensação de que “já vi este filme antes”, visto que passa ano e a categoria continua a mesma: hegemonia de uma única escuderia e piloto – Ferrari/Schumacher; Red Bull/Vettel e Mercedes/Hamilton.

Para 2019 a promessa da organizadora é de uma temporada diferente. Um novo pacote técnico foi lançado com a promessa de dar maior competitividade a categoria. A Revista Frete Urbano foi atrás e apresenta a você leitor as novidades para esta temporada.

Asa dianteira

Em 2019, a asa dianteira ficou mais clean e encorpada. Sua largura e altura foram ampliadas e estão mais compridas, alongadas. A ideia é deixar o carro mais no chão, diminuindo a instabilidade quando da aproximação para a ultrapassagem.

Asa traseira e DRS

Também foi alvo de grandes mudanças. A começar pelas suas dimensões: aumento de tamanho e profundidade, provocando maior arrasto. Isto é, cola a traseira do carro no chão. Além disso, ao ar que sai da asa, chamado de ar sujo, é melhor direcionado ao carro competidor, que se encontra logo atrás, diminuindo a turbulência e favorecendo a aproximação. A tendência é evitar a saída de frente e facilitar a ultrapassagem.

O sistema DRS (asa móvel) também passou por alterações. Seu ângulo de abertura aumentou em 30%.  O intuito desta alteração foi tornar o sistema entre 25 e 30% mais eficiente, facilitando a ultrapassagem.

Peso do carro

Em 2018 o peso mínimo era de 734 quilos para o conjunto carro/piloto. Este ano o peso subiu para 740 quilos, porém desvinculando carro e piloto. Agora são um mínimo de 80 kg para piloto e 660 kg para o carro. A sobra de seis quilos será utilizada para o aumento de capacidade do tanque de combustível.

Essa medida visa trazer mais equilíbrio. Antes as equipes que tinham pilotos mais leves completavam o peso mínimo colocando lastros (pesos) em lugares que beneficiavam o ajuste dos carros, obtendo vantagens sobre os outros competidores.

Hoje, caso o piloto não atinja este peso mínimo, o lastro devera ser colocado exatamente embaixo do banco do piloto.

Combustível

A capacidade de uso aumentou de 105 para 110 quilos. Até o ano passado, pilotos tinham que dirigir pensando em economizar combustível. Com esta alteração, pilotos e equipes podem andar com pé embaixo sem se preocupar com a pane seca. Equipes com motores mais econômicos pedem levar vantagem nas suas estratégias.

Pneus

Nesta temporada deixamos de ter compostos de pneus para cada etapa (chegamos a ter sete opções para uma única corrida). Agora a fornecedora disponibilizara apenas três tipos de pneus por corrida, entre os disponíveis: duro (C1), médio (C2), macio (C3), ultra macio (C4) e hiper macio (C5), isso sem levar em conta os pneus específicos para dias de chuva.

Agora é esperar para ver se as alterações trarão de volta a tão esperada emoção e competitividade a categoria.

A coluna Falando de esportes é escrita por Carlos Briotto, jornalista formado pela Universidade Metodista
A coluna Falando de esportes é escrita por Carlos Briotto, jornalista formado pela Universidade Metodista

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