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Motocross Free Style: emoção em duas rodas

O piloto Jorge Negretti conta um pouco sobre a modalidade que combina velocidade e manobras radicais em cima de uma motocicleta, num show de emoção e técnica

Texto: Carolina Vilanova

Fotos: Divulgação

No Motocross Free style não se faz nada na base da loucura, é tudo muito bem estudado e treinado, no limite da segurança”. As palavras do piloto Jorge Negretti, especialista desta modalidade super radical, não condizem em nada com as imagens que se formam durante as suas manobras nas alturas, mas são a mais pura verdade.

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A apresentação do Free Style é feita com a ajuda de duas rampas, uma para impulsionar e outra para aterrissar a motocicleta. O piloto então, precisa executar uma série de manobras acrobáticas enquanto salta com sua moto. Quanto maior o nível de dificuldade, mais radical é a manobra, e mais suspiros arranca dos espectadores.

A cada show, o público vibra, incentiva e participa, e não tem quem não ache que “os caras são loucos”, dando piruetas no ar, em cima de uma motocicleta, e várias vezes, sem sequer tocá-la. Mas Negretti garante que não é nada disso, e explica que o que faz a modalidade ser tão expressiva é justamente a técnica utilizada em cada manobra por esses seletos esportistas.

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O Free Style é uma categoria de motocross relativamente nova no Brasil, sendo praticamente trazida para cá por Negretti em 2001. Nascido em Bragança Paulista, interior de São Paulo, ele diz que sempre foi ligado em motos e com apenas 14 anos começou a disputar o motocross. O negócio foi ficando sério e Negretti se destacando cada vez mais. “Com 16 anos fui o piloto revelação e com 18 ganhei o meu primeiro campeonato brasileiro”.

Negretti construiu uma careira vitoriosa com vários títulos nacionais e internacionais, mas depois que o Free Style começou a fazer parte da sua vida, tudo mudou. “No começo as pessoas ficavam olhando com ar de esquisito, mas aos poucos o lance começou a dar super certo”, conta.

Também com o passar dos anos, o piloto formou seu grupo, que ele descreve como “muito mais que uma equipe, e sim uma família de caras apaixonados pelo esporte”. São oito pilotos, sendo que cada um tem seu mecânico, treinador, pessoas de suporte que fazem acontecer esse espetáculo de encher os olhos.

Podemos dizer que eles conseguiram reinventar a modalidade, criaram uma rampa móvel, hoje usada no mundo inteiro, e revolucionaram a forma de se apresentar. “Conseguimos com a rampa móvel levar o espetáculo do motocross para lugares que seria possível de levar”. E quem ganhou com isso, com certeza foi o público.

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Moto nas alturas com muita segurança

No Free Style, o piloto usa uma motocicleta de motocross modelo YZ 450, com a suspensão endurecida e adaptada no banco e na lateral, para conseguir segurar e para facilitar as manobras.

“O pessoal treina todo dia e cada piloto tem seu repertório de manobras, as mais tradicionais até as mais elaboradas”. Ele ressalta que todo equipamento de segurança é necessário: macacão especial, colete, capacete, óculos, luvas, joelheiras, cotoveleiras, faixa abdominal, protetor cervical, etc…

“Cada manobra tem um fundamento, uma base, com movimentos estudados. Tudo é feito com muita técnica, dentro do limite da segurança. Não pode dar errado e nunca deu. Existe um risco, e quanto maior o risco, menor o espaço de fazer loucura. Então é calcular direitinho, e se preparar bem para a apresentação”, afirma Negretti.

Para os mais jovens que gostam do esporte e querem começar, Negretti dá a dica: “A bike é uma excelente base pra quem quer praticar o Free Style no futuro. Quem consegue andar de bicicross, down hill, montain bike está no caminho certo”. No momento, o piloto concilia os shows de Free Style com a modalidade Super Moto, uma competição que usa a mesma moto do motocross, mas que corre no asfalto, mais precisamente em pistas de kart.

www.jorgenegretti.com.br

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