Frete a frete

A onda é o branco

Demos uma volta pela cidade de São Paulo e batemos papo com diversos transportadores, e o que todos eles têm em comum: vontade de trabalhar e um veículo branco

Texto e Fotos: Carolina Vilanova

Numa volta por um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, Moema, encontramos muitos transportadores, que fazem entregas de todos os tipos, desde peixes até chopps e chocolates. No entanto, uma curiosidade: o que tem de veículo branco rodando por aí não é brincadeira. Mas não podemos criticar, afinal, eles estão seguindo uma tendência que veio da Europa, e se transformaram em gosto nacional. Antes eles eram raros, agora são mais chiques, haja vista, que muitos carros, dos mais simples aos mais sofisticados, sao exibidos cheios de glamour nos principais salões internacionais. Outra, é mais fácil se precisar envelopar com o logo da empresa.

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Ederson Messias Ferreira, de 36 anos, é novinho na profissão, está há apenas 9 meses e por enquanto está gostando. “Tá meio devagar mas estamos indo”, comenta. Ele é autônomo e não tem entregas fixas, faz o que aparece, por exemplo, nesse momento está entregando chocolates em supermercados. O veículo é um Fiat Fiorino, ano 2013. “Antes trabalhava como operador de empilhadeira, que também tem a ver com logística” complementa.

Da esquerda para a direita, Wellington de Oliveira Pires, 34 anos, é ajudante de carga e descarga; Evaldo Souza, 37 anos, motorista; e Artur Peixoto Alves, 20 anos, repositor, trabalham na Natural da Terra Hortifruti. O caminhão é um VW Constellation 13180 e eles fazem o percurso do Centro de Distribuição da empresa até as 8 lojas na região de São Paulo. Estão sempre animados para não deixar a peteca cair durante o trabalho.

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Adriano da Silva, 41 anos é empregado na Oswaldo Yoshio Oikawa Distribuidora de Pescadoos, em São Paulo. Sua ferramenta de trabalho é um caminhão Iveco Daily 2012 com baú refrigerado. Ele trabalha com distribuição de peixe há 30 anos, mas apenas quatro anos como motorista. “Também gosto de estar atrás do balcão vendendo”, diz.

freteafrete4_446X400Ronaldo Lima, 47 anos, é autônomo e presta serviços para a choperia Globo, faz mudanças, frete: “o que for aparecendo”, diz. Ele dirige um Renault Master ano 2014 que leva um baú carga seca. Profissional da área há cinco anos, ele acredita que o importante é trabalhar para ganhar o pão. “Gosto desse trabalho, difícil seria trabalhar e não gostar do que faz”. O trânsito ele tira de letra: “a gente vai se virando como pode, o principal é manter a tranquilidade e a calma”, completa.

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A dupla de transportadores Robson Flanklyn, 35 anos, e Renato César, 27, faz mudanças e outros fretes com o caminhão próprio, um Hyundai BR ano de fabricação 2007. Robson é autônomo há dois anos e “tá curtindo”. “As dificuldades aparecem a toda hora, como nesse momento, em que estou esperando há dois dias estacionado e só vou descarregar hoje num supermercado”, diz.

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Roberto Utchuk Júnior, de 30 anos, tem uns quatro anos como motorista e trabalha como funcionário da empresa San Glass, de envidraçamento de sacadas, em São Paulo. Com seu caminhãozinho, um Effa ano 2011, ele transporta o pessoal que faz as instalações dos vidros, e conta ainda com uma estrutura adequada para carregar os produtos. “Também levo carrinhos e sou encarregado de buscar e entregar outros tipos de cargas”.

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Carlos Cabral tem 42 anos e há 15 trabalha como motorista. Nesse momento é empregado da Laticínios Remar, transportando apenas queijos, que vem de Cabo Verde, Minas Gerais. Ele carrega o caminhão com os produtos em Pirituba e faz as entregas por vários supermercados da cidade de São Paulo. Seu veículo é uma VW Kombi ano 2012. Ele gosta da vida que escolheu, “não adianta trabalhar sem gostar”, diz. Ele não pega trânsito por que sai às 4 horas da manhã para fazer a distribuição.

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Marcos Paulo Mesquita Rocha, de 24 anos e Reynaldo Viera Cruz, 51, trabalham juntos na empresa de estofados Orratex, carregando móveis estofados há cinco anos. O instrumento de trabalho é um caminhão Kia Bongo ano de fabricação 2014.

freteafrete9_446X400António Santino Camargo tem 54 anos e trabalha há 39 como motorista. É autônomo e presta serviços para a Souza e Carrilho Transportadora, além de entregar ovos para o Hortifruti. Dirige um caminhão Hyundai HR de ano 2010.

freteafrete10_446X400Leandro Pereira da Silva, 35 anos, sócio-proprietário da Slide Glass, empresa de envidraçamento de Santos/SP, tem uma frota de quatro veículos, uma caminhonete Kia Bongo 2010 e três picapes pequenas para fazer suas entregas e instalações. Um dos motoristas é Carlos Eduardo de Oliveira, o famoso Cacá, que também tem 35 anos. “Fazemos entregas em toda baixada, mas também temos clientes em São Paulo e cidades do interior, então precisamos de bons veículos para rodar na estrada e que sejam seguros e adequados para o transporte dos vidros”, explica.

 

 

 

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