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Pacto universal para frear o aquecimento global

A coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista
A coluna Meio Ambiente é escrita por Valquiria Stoianoff, jornalista formada pela Universidade Metodista

O mundo está olhando. Os senhores serão aclamados ou vilipendiados pelas gerações futuras”, alertou o ator Leonardo DiCaprio aos líderes mundiais, em 22 de abril, na sede das Nações Unidas, em Nova York. Nesta cerimônia, 175 países assinaram o Acordo de Paris contra a mudança climática. Um recorde. Nunca, na história, tantos países tinham assinado uma convenção internacional deste tipo.

DiCaprio, que apoia a ONU como mensageiro contra a mudança climática, ressaltou em seu discurso: “o planeta não será salvo se não deixarmos os combustíveis fósseis debaixo da terra, onde pertencem”.

O acordo, aprovado em dezembro de 2015 na Conferência do Clima de Paris (COP-21), entrará em vigor em 2020. No texto prevê limitar o crescimento da emissão de gases de efeito estufa e a criação de um fundo global de 100 bilhões de dólares. Esse fundo será financiado pelos países ricos.

Para vigorar, é preciso ser ratificado por 55 países – que somem um total de 55% das emissões mundiais de gazes de efeito estufa. Esse acordo é o primeiro pacto universal na luta contra a mudança climática. E determina que os 195 países signatários atuem para limitar o aumento da temperatura do planeta. Os países devem trabalhar para que aquecimento fique muito abaixo de 2ºC, buscando limitá-lo a 1,5ºC.

O texto prevê ainda a promoção do desenvolvimento sustentável, de proteção ambiental e de erradicação da pobreza e da fome. Estabelece um mecanismo de compensação por perdas e danos causados por consequências da mudança climática que já são evitáveis. Muitos países pobres e nações-ilhas cobravam um artigo especial e foram atendidos.

Os dois maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, se comprometeram a cumprir esses processos neste ano. No caso da China, antes da cúpula do G-20 prevista para setembro.

Marcando presença nessa cerimônia, a presidente afastada Dilma Roussef, representado o Governo brasileiro, assinou o acordo e reafirmou o compromisso do Brasil no enfrentamento às mudanças climáticas.

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