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Participação brasileira nos jogos olímpicos

A coluna Falando de esportes é escrita por Carlos Briotto, jornalista formado pela Universidade Metodista
A coluna Falando de esportes é escrita por Carlos Briotto, jornalista formado pela Universidade Metodista

O Brasil marcou o início de sua participação olímpica nos Jogos Olímpicos de 1920 em Antuérpia, na Bélgica. De lá para cá marcamos presença em todas as 20 edições. Ao todo, foram conquistadas 108 medalhas, sendo 23 de ouro, 30 de prata e 55 de bronze.

Os esportes que mais trouxeram medalhas foram o vôlei, a vela, atletismo, natação e judô. Curiosamente ou não, foi em Antuérpia que o Brasil conseguiu seu melhor desempenho até hoje, alcançando a 15ª colocação. Já em números de medalhas, o melhor resultado obtido aconteceu nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ao todo, foram 17 subidas ao pódio.

O Brasil nunca conseguiu firmar-se como uma potência olímpica, na maioria das vezes os resultados obtidos vieram mais dos esforços individuais do que pelos investimentos governamentais. Tanto é verdade que dos esportes que mais trouxeram medalhas apenas o vôlei é coletivo, o restante são todos de participação individual.

E a história mostra isso. Enquanto alguns países, entre eles Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e China investiram fortemente no esporte e hoje são potencias olímpicas. Pelo outro lado, nós ficamos para trás e ainda somos dependentes de ações pontuais e esporádicas.

Embora esta seja a nossa realidade, nossa história não deixa de ser rica, importante e de orgulho nacional. Alguns fatos e conquistas ficaram marcados nas nossas memórias.

 

O primeiro ouro a gente nunca esquece 

Guilherme Paraense. Militar integrante do exército brasileiro foi o primeiro medalhista de ouro do Brasil. Sua conquista foi na prova de pistola rápida. O curioso foi que a arma com que o atleta brasileiro conquistou o ouro foi emprestada pela delegação americana. Isso aconteceu porque durante os treinos uma tempestade de areia inutilizou as armas brasileiras, impossibilitando seu uso. Os americanos ficaram com a medalha de prata.

 

Mulher, pioneira e dourada 

A primeira brasileira a disputar uma olimpíada foi a nadadora Maria Lenk, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932. Na época e com 17 anos ela foi a única mulher brasileira e sul-americana a disputar os jogos.

Já o primeiro e tão sonhado ouro veio com a dupla do vôlei de areia Jacqueline Silva e Sandra Pires, nas Olimpíadas de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996.

 

Os mais importantes 

Alguns brasileiros marcaram a nossa história ao longo do tempo, nem sempre resultando em medalhas, mas com garra e coração. Robert Scheidt e Torbem Grahel, ambos velejadores, cada um possui cinco medalhas, sendo duas de ouro.

Oscar Schmidt, o mão santa, tem cinco participações olímpicas, mas nunca subiu ao pódio. Mesmo assim e o maior pontuador do basquete olímpico com 1093 pontos.

Joaquim Cruz, único atleta a vencer uma prova de atletismo. Isso aconteceu em Los Angeles, em 1994. Bateu o recorde mundial chegando à frente do britânico e favorito Sebastian Coe.

A natação deu uma medalha de ouro para o Brasil. O feito foi conquistado por César Cielo nos 50 metros livres, em Pequim, em 2008. Não estará presente no Rio 2016.

 

Frustração de dose dupla 

A primeira fica para o futebol. Até hoje a seleção canarinho não conseguiu subir no lugar mais alto do pódio. O máximo alcançado até hoje foi a medalha de prata em cinco ocasiões. A esperança fica para o Rio 2016.

A segunda e a mais dolorosa perda aconteceu em Atenas, 2004. Vanderlei Cordeiro de Lima estava liderando a prova da maratona, com meio minuto de vantagem, quando foi segurado e teve sua prova interrompida por um manifestante. Ele acabou ficando com a medalha de bronze. A injustiça não foi reconhecida pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo) e como consolo recebeu o Prêmio Barão de Coubertin, pelo espirito olímpico. 

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