Seguro: Riscos na exportação e meios de minimizá-los

Seguro: Riscos na exportação e meios de minimizá-los

 

A coluna Seguros é escrita por Fernanda Souza, consultora em seguros com pós graduação em Previdência pela FGV
A coluna Seguros é escrita por Fernanda Souza, consultora em seguros com pós graduação em Previdência pela FGV

Em épocas difíceis para a economia, o remédio é inovar… Indústrias que atuam apenas no mercado interno revisam seu negócio e a possibilidade de exportação, mas o risco de inadimplência neste tipo de operação é preocupante, se a cobrança no mercado interno já é um processo delicado, imagine em países distantes.

Limitar as operações ao pagamento antecipado reduz o volume de negócios, mas o que pouca gente sabe, embora já seja utilizado há 20 anos por indústrias brasileiras, e há mais de 100 anos na Europa e Estados Unidos, é que o Seguro de Crédito na verdade é um apoio básico para a expansão dos negócios, pois é reconhecido mundialmente como a melhor maneira de proteger recebíveis em operações “Business to Business”, tanto em mercado interno quanto na exportação. A contratação inclui:

– Análise de Crédito aos Clientes;

– Monitoramento da Carteira;

– Cobrança com Garantia de Recebimento.

Uma apólice como esta pode fortalecer as empresas em operações financeiras que exijam garantia, pois pode substituir uma fiança, além das demais vantagens como:

– Dedutibilidade fiscal por se tratar de seguro;

– Apólice é aceita como garantia em programas como PROEX;

– O exportador poderá liberar os importadores da emissão da carta de fiança ou outras garantias eventualmente exigidas na negociação.

Empresas com filiais estrangeiras ou com gestores conhecedores da prática em outros países tendem a se apoiar e se proteger com este tipo de apólice, que nos últimos 3 anos salvou muitas indústrias que tiveram surpresas desagradáveis geradas por significativas inadimplências em suas carteiras.

Ainda existe uma cultura negativa e equivocada sobre custo x benefícios de apólices de seguro, mas vale observar que o aumento das contratações pulveriza os riscos e reduz as taxas, esta modalidade por exemplo, atualmente chega a custar até 20% da taxa cobrada por instituições para antecipar recebíveis…

O momento é de transferir preocupações com inadimplência às empresas especialistas neste ramo, para focar nos seus produtos e estratégias, pois as seguradoras especialistas em crédito assumem o risco de inadimplência, elas já estão atentas ao mesmo mercado e o resultado dessa atenção distribuídos em um número maior de empresas reduz o custo, gerando a mesma solidez a todos segurados.

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