Trânsito: Responsabilidade e segurança nas ruas

Dirigir nos dias atuais não é nada fácil, principalmente, nas grandes cidades. Excesso de veículos, sinalização precária, ruas e avenidas em mau estado de conservação, falta de educação dos motoristas, e por aí vai. Uma série de situações faz a circulação nas vias mais complicada e como uma bola de neve, um problema vai puxando outro.

Para se ter uma ideia, a frota circulante de veículos automotores em 2018 alcançou as 44,8 milhões de unidades, segundo levantamento anual do Sindipeças. E estamos falando apenas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, se somarmos as motocicletas temos que acrescentar mais 13,12 milhões nesta conta.

É muito veículo por metro quadrado, então todo cuidado é pouco. O problema é que junto com esse mar de veículos, nos deparamos com motoristas apressados e estressados, que não respeitam as leis de trânsito e acabam causando acidentes muitas vezes desnecessários, sem falar que pioram os congestionamentos.

Quando a estatística bate no índice de acidentes com vítimas, os dados assustam. Segundo estudo do Relatório da Situação Global da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil registra cerca de 39 mil mortes no trânsito no ano, número que atinge mais os motociclistas. Um acordo firmado com a ONU pretende a redução para 21 mil mortes no país até 2020.

 

No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registra média de 1,35 milhão de óbitos por ano causados por acidentes de trânsito. Nós ocupamos o quinto lugar no ranking dos países com maiores índices de morte no trânsito, de acordo com a OMS, ficando atrás da Índia, China, EUA e Rússia.

Mas felizmente temos escutado notícias de redução desses dados alarmantes, o que se deve a maior fiscalização e penas mais severas relacionadas com excesso de velocidade, consumo de álcool, direção perigosa, falta de cinto de segurança e cadeirinha para criança. Outra ação que contribui com essa redução é a obrigatoriedade do air bag em veículos desde 2014.

Maio Amarelo

Mas o quadro está longe de ser o ideal, por isso, em 2014 foi criado o Movimento Maio amarelo, uma ação mundial que tem como objetivo promover o debate sobre a responsabilidade de todos em prol de um trânsito mais seguro, com menos acidentes e, principalmente, menos mortes.

A campanha foi criada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária e compreende estados brasileiros e também outros países da América e de outros continentes. Seu objetivo foi seguir a definição da ONU (Organização das Nações Unidas), que por meio da Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.

Mobilizar e conscientizar a sociedade da necessidade de um trânsito mais seguro é uma missão desafiadora. Este é o fator de a campanha ter sido realizada nesses últimos seis anos, promovendo o amarelo, que simboliza atenção e também a sinalização e advertência no trânsito. Importante ainda é estimular a participação da população, empresas, governos e entidades.

NO TRÂNSITO, O SENTIDO É A VIDA

Cada ano, o Observatório propõe um tema para a campanha, que em 2019 é o seguinte: “NO TRÂNSITO, O SENTIDO É A VIDA”. O tema foi aprovado pelo (Contran) Conselho Nacional de Trânsito e recomendado na RESOLUÇÃO Nº 771, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2019, além disso, foi validado pela Associação Nacional de Detrans (AND).

Com esse forte tema, a sociedade é chamada à reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade. Não importa se você é um motorista comum ou trabalha com o veículo, ou ainda se é ciclista ou pedestre. Todos temos que fazer escolhas mais seguras quando se trata de circular em ruas e rodovias, com respeito às leis e educação com o próximo.

Vale lembrar que muitos acidentes são provocados por falhas humanas, imprudência e desatenção. Por isso, temos que fazer a nossa parte para não fazer parte dessas tristes estatísticas, com atitudes simples e, muitas vezes com gentiliza.

Como evitar acidentes no trânsito?

– Dirija apenas quando estiver bem de saúde e descansado

–  Não use o celular enquanto dirige

– Respeite a sinalização de trânsito

– Fique de olho no limite de velocidade

– Mantenha uma distância segura do veículo à sua frente

– Sinalize ao mudar de faixa

– Evite mudanças repentinas de faixa

– Use equipamentos de segurança

– Faça a manutenção preventiva do carro

– Se beber ou usar drogas, não dirija

 

Acidentes mais frequentes:

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), os mais comuns acidentes nas estradas são:

– Abalroamento no mesmo sentido ou transversal

– Colisão traseira

– Saída da pista

– Choque com objeto fixo

– Capotagem

– Atropelamento

– Colisão frontal

 

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